Conferência de imprensa sobre COVID-19, de 11 de novembro de 2020
A habitual conferência de imprensa sobre a evolução epidemiológica da COVID-19 no país, desta quarta-feira, foi dirigida pelo Diretor Nacional da Saúde, Jorge Noel Barreto.
Até às 15 horas desta quarta-feira, os resultados das amostras analisadas revelaram o seguinte:
Amostras analisadas: 417, a nível nacional.
Casos positivos: 61, sendo 35 na Praia, 7 na Ilha de São Vicente, 6 em São Lourenço dos Órgãos, 4 no Porto Novo, 3 em Santa Catarina de Santiago, 3 em São Filipe, 2 em Santa Cruz e 1 nos Mosteiros.
Doentes ativos: 627, com destaque para Praia com 292 e São Filipe com 144.
Casos recuperados: 91 pessoas receberam alta neste dia, sendo 60 em São Filipe, 11 na Ilha de São Vicente, 5 em Santa Catarina de Santiago, 5 em Santa Catarina Fogo, 5 na Ilha da Brava, 2 em São Salvador do Mundo, 1 em Ribeira Grande de Santiago, 1 nos Mosteiros e 1 no Paúl.
Casos suspeitos: 28, sendo 12 na Praia, 9 em São Filipe, 4 em Santa Catarina de Santiago, 2 nos Mosteiros e 1 em Ribeira Brava.
Pessoas em quarentena: 1069, a nível nacional.
Resumidamente, o país contabiliza, até o momento, um total de 9560 casos acumulados da COVID-19, dos quais 8829 recuperados e 102 óbitos, equivalente a uma taxa de letalidade de 1%.
O país registou mais 1 óbito associado à COVID-19, nesta quarta-feira. De acordo com as informações avançadas pelo Diretor Nacional da Saúde, a vítima era natural da Praia, tinha 60 anos de idade e se encontrava internada, desde o passado dia 5, no Hospital Agostinho Neto com outros problemas de saúde.
No que se refere aos casos de internamento hospitalar, anunciou que, neste dia, há registos de 16 doentes internados, dos quais 5 no Hospital Regional São Francisco de Assis, 4 no Hospital Regional Santa Rita Vieira, 3 no Hospital Baptista de Sousa, 2 no Hospital Agostinho Neto, sendo 1 em estado grave, 2 no Hospital Regional João Morais, sendo 1 a aguardar pelo resultado do teste.
Relativamente aos óbitos registados até o momento, no país, Jorge Noel Barreto informou que cerca de 80% das vítimas tinham idade superior a 60 anos e que boa parte tinham outros problemas de saúde, tendo destacado a hipertensão arterial como sendo a mais frequente, com cerca de 10 a 15% das mortes, seguido da diabetes com cerca de 6 a 8%.
“Boa parte dessas pessoas que faleceram também tinham essas duas situações, a hipertensão arterial e a diabetes juntos. Portanto já são dois fatores agravantes. É, sobretudo a hipertensão e a diabetes que acabam por provocar problemas em outros órgãos, como os rins e acaba depois por haver uma falência de todos os órgãos, o que leva a pessoa a morrer por causa também da inflamação que acontece devido à infeção pelo SARS-CoV-2”, explicou.
Barreto sublinhou ainda que, não obstante essas e outras comorbidades, existem também outros fatores que influenciam “uma evolução desfavorável” do doente com a COVID-19.
“Também existe o fator pessoal, que é como a pessoa reage à infeção, e isso muitas vezes não temos como controlar. Cada pessoa reage de uma forma e nós não temos como prever como é que cada um vai evoluir. Por isso que insistimos nas medidas de prevenção, para que as pessoas tenham todo o cuidado no seu cumprimento, porque não sabemos como é que cada um vai reagir à infeção”, concluiu.