Conferência de imprensa sobre a COVID-19, de 17 de agosto de 2020

A atualização dos dados relativos à evolução epidemiológica da COVID-19, no país, desta segunda-feira, bem como o balanço da semana finda, foi feita pelo Diretor Nacional da Saúde, Artur Correia, acompanhado do Diretor do Gabinete para Assuntos Farmacêuticos, Bruno Santos, na habitual conferência de imprensa.

Até às 15 horas desta segunda-feira, os resultados verificados das amostras analisadas foram os seguintes:

Amostras analisadas: 120, a nível nacional.

Casos positivos: 24, sendo 21 na Praia 2 nos Mosteiros e 1 em São Domingos.

Doentes ativos: 829, dos quais 569 em isolamento hospitalar e 260 em isolamento domiciliar.

Casos recuperados: mais 19 pessoas receberam alta, neste dia, sendo 9 na Praia, 4 em São Salvador do Mundo, 4 em São Miguel e 2 em Santa Catarina,

somando um total de 2336 casos acumulados de recuperados.

Resumidamente, o país contabiliza, até o momento, um total de 3203 casos acumulados de COVID-19, distribuídos em 16 concelhos, dos quais 2336 recuperados e 36 óbitos.

O Diretor Nacional da Saúde fez o ponto da situação dos 5 meses da epidemia no país e informou que após o pico de 341 casos ocorrido há 8 semanas, o país registou, nas últimas 7 semanas, uma média de 263 casos semanais, um mínimo de 199 e um máximo de 291. Ainda informou que na última semana que terminou neste domingo foi registado um total de 277 casos, a nível nacional.

A nível dos concelhos mais afetados avançou os seguintes dados: Praia, desde há 3 semanas, com uma média de 194 casos semanais e um mínimo de 109 casos, há 4 semanas e; Sal há 5 semanas com uma média de média 27 casos, um máximo de 35 e um mínimo de 17. Também fez uma breve exposição da evolução epidemiológica a nível dos concelhos de Santa Cruz, Santa Catarina,

Ribeira Grande de Santiago, São Domingos, São Salvador do Mundo e Tarrafal de Santiago.

Relativamente ao número de reproduções (RT) nos concelhos mais afetados até o momento, designadamente, Praia, Santa Cruz, Santa Catarina, Ribeira Grande de Santiago e Sal, informou que dados do último domingo e desta segunda-feira apontam para um mínimo de 0.4 e um máximo de 1.46, e especificou o número respetivo a cada um desses concelhos.

No que se refere aos números de testes realizados, Correia comunicou que, até o momento, já foram realizados mais de 45.000 testes rápido e mais 28.900 testes PCR, a nível nacional. Notificou ainda que o país já ultrapassou a média dos 1500 testes, por semana, passando para 2300 testes.

Comunicou tambem que o aumento de casos que tem sido registado, tem a ver com o aumento do número de testes realizados. Entretanto, explicou que a maioria dos casos está na comunidade sem ser diagnosticada.

Quanto ao internamento hospitalar, anunciou que, nesta segunda-feira, o registo é de 12 doentes em isolamento hospitalar, a nível nacional, sendo 7 no Hospital Agostinho Neto, dos quais 3 sob cuidados especiais, 3 no Hospital Regional Santa Rita Vieira e 2 no Hospital São Francisco de Assis, registados neste dia, fazendo com que o Concelho dos Mosteiros, entrasse na lista das localidades afetadas pela COVID-19 no país.

Antes de concluir o seu comunicado, Artur Correia informou que o país registou mais um óbito associado à COVID-19, nesta segunda-feira, e aproveitou a ocasião para endereçar, em nome do Ministério da Saúde e da Segurança Social, sentidas condolências aos familiares da vítima.

Relativamente à acusação de descaso que a mãe do adolescente de 15 anos, internado com a COVID-19 no Hospital Agostinho Neto, do alegado descaso dos profissionais de saúde que estão no hospital de campanha no estádio nacional, o Diretor Nacional da Saúde disse que:

“Em relação a esse caso, o que podemos dizer é que compreendemos perfeitamente a insatisfação e as reclamações de uma mãe aflita em relação ao filho que está internado com a COVID-19. Estamos numa sociedade em que a cidadania é cada vez mais ativa (isso é bom e Cabo Verde deve assumir isso) e não nos espanta todas as reclamações que vierem a ser feitas, quer em relação à saúde ou outros setores, mas também é normal quando há situações desta natureza, que os serviços acionem inquéritos de investigação para o apuramento da verdade das situações. É isso mesmo que a Delegacia de Saúde da Praia está a fazer, a tentar saber o quê que na realidade se teria passado. Por enquanto sabemos da única versão,” salientou.    

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