O balanço semanal sobre a evolução epidemiológica da COVID-19 no país, bem como a atualização dos dados relativos a esta segunda-feira, foi feito pelo Diretor Nacional da Saúde, Artur Correia, na habitual conferência de imprensa, acompanhado da Presidente do Instituto Nacional de Saúde Pública, Maria da Luz Lima, do Diretor do Gabinete para Assuntos Farmacêuticos, Bruno Santos, e da Pneumologista do Hospital Agostinho Neto, Doutora Ofélia Monteiro.
Até às 15 horas de hoje, os resultados verificados das amostras analisadas foram os seguintes:
Amostras analisadas: 220, a nível nacional.
Casos positivos: 36, sendo todos na Praia.
Doentes ativos: 645, dos quais 501 em isolamento hospitalar e 144 em isolamento domiciliar.
Casos recuperados: mais 51 pessoas receberam altas médicas, neste dia, somando um total de 1911 casos recuperados.
Casos suspeitos: 11, sendo 6 em Santa Catarina, 2 em Ribeira Grande de Santiago, 2 na Ilha do Sal e 1 em São Lourenço dos Órgãos.
Resumidamente, o país contabiliza, até o momento, um total de 2583 casos acumulados de COVID-19, dos quais 1911 recuperados e 25 óbitos.
O Diretor Nacional da Saúde anunciou que o maior pico em termos de semanas epidemiológicas registado pelo país, até o momento, aconteceu na semana de 22 a 28 de junho, com um total de 341 casos, seguido de 267, 265, 275 e 199 nas semanas subsequentes, e de 218 casos na última semana que terminou neste domingo e que também incluem os dados desta segunda-feira.
Entretanto, informou que no período do confinamento o país tinha como média semanal de 70 a 80 casos por várias semanas e que depois do pico, que ocorreu em finais do mês de junho, regista-se um novo aumento de casos.
“Estamos a fazer de tudo para que este novo patamar diminua, para podermos melhorar os nossos dados” saliento.
Segundo avançou, o Concelho da Praia tem apresentado uma tendência estacionária entre as semanas, com registo de 145, 142, 134, 153 e 109 casos em 5 semanas subsequentes, e 162 casos na última semana.
Correia chamou atenção para necessidade de reforçar as atividades de comunicação envolvendo outras autoridades, com vista a diminuição dos casos no Concelho da Praia.
“Temos também que aumentar o nível da informação, educação e comunicação com a população, a nível comunitário, e com as autoridades de saúde, juntamente com outras forças e ONG’s, para ver se conseguimos sair deste limiar registado já há 5 semanas na Praia”, alegou.
Em relação à Ilha do Sal, informou que os dados têm apontam para uma curva descendente e que, nesta última semana, registou-se um total de 19 casos na ilha.
Quanto ao Concelho de Santa Cruz, que registou esta semana 13 casos, mostra também uma tendência decrescente, após o pico de 62 casos, ocorrido há várias semanas.
No que tange às amostras pendentes, os laboratórios de virologia aumentaram a capacidade de rapidez nas respostas as amostras pendentes, sendo que no Sal só há duas amostras pendentes e no Concelho de Ribeira Brava há 5 amostras pendentes.
Relativamente aos testes rápidos realizados, neste dia, anunciou que foram contabilizados um total de 128 testes, com destaque para a Ilha do Sal com 60, seguido da Ilha de São Vicente com 17, do Tarrafal de Santiago com 16 e de Santa Cruz com 14. Ao todo, informou que, até o momento, o país contabiliza um total de 41.633 testes rápidos realizados e cerca de 20.000 testes PCR.
Antes de concluir o seu comunicado, Artur Correia aproveitou a ocasião para, em nome do Ministério da Saúde e da Segurança Social, endereçar condolências às duas famílias enlutadas, que no final de semana perderam parentes devido a COVID-19.
A Presidente do Instituto Nacional de Saúde Pública, por sua vez, reforçou a questão do internamento domiciliar, dizendo que as pessoas devem cumprir todas as normas do isolamento domiciliar, para evitar a propagação do vírus dentro de casa. Ainda ressaltou que o risco de infeção da doença é igual para todas as pessoas, independentemente da faixa etária.
Ofélia Monteiro mostrou-se também preocupada com o aumento de casos na Praia e chamou atenção da população para a necessidade do cumprimento das medidas preventivas, uma vez que o aumento de casos tem levado a uma pressão intensa no Hospital Agostinho Neto, especificamente.
Também reforçou que esta doença pode afetar gravemente os jovens, tendo apontado, como exemplo, o jovem de 18 anos que perdeu a vida neste final de semana, vítima da COVID-19.
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