O Ministro da Saúde e da Segurança Social, Arlindo do Rosário, anunciou esta terça-feira, em conferência de imprensa, a primeira morte por COVID-19 em Cabo Verde.
Segundo o Ministro, o paciente de nacionalidade inglesa – primeiro caso positivo diagnosticado de COVID-19, que se encontrava desde do dia 19 de março hospitalizado na ilha da Boa Vista, veio a falecer esta segunda – feira, 23 de março: “este paciente para além do coronavírus tinha outros fatores de risco, que agravou ainda mais o seu quadro clinico”.
“Em nome do povo de Cabo Verde, o Governo expressa os sentimentos de pesar aos familiares e ao povo inglês por essa perda”, afirmou, assegurando que aos outros dois outros casos confirmados positivos, o acompanhante do inglês, está neste momento assintomático e a holandesa também inspira cuidados, com prognóstico reservado, continua a ser acompanhado, adiantando que “até o momento não se regista mais nenhum caso suspeito”.
De acordo com Arlindo do Rosário, enquanto o vírus estiver confinado somente na ilha da Boa Vista, “vamos aproveitar essa janela de oportunidade para reforçar as medidas adotadas em todas as ilhas” já que a questão não se confina apenas á ilha da Boa Vista, mas sim uma preocupação a nível nacional.
As medidas continuam a ser reforçadas a nível da proteção civil e já foram devidamente anunciadas, instruções estão a ser passadas nos órgãos de comunicação social, garante o governante. “Nós temos essa possibilidade de vencer o coronavírus”, por se tratar no entender do ministro de uma “luta comum”, acrescentando que o Governo vai continuar a organizar cada vez mais a nível dos vários sectores, mas fundamentalmente, sublinhou, “a população tem importante papel importante no engajamento nesta luta”.
Questionado sobre os ventiladores, confirmou Arlindo do Rosário que serão brevemente reforçados, considerando que os existentes têm dado até o momento respostas. Ao seu ver o foco não deve estar no tratamento, mas sim na prevenção e proteção, “essa prevenção só será possível se de fato contarmos que o engajamento da população”, lembrando que a nível internacional o tratamento tem sido um desafio.
Para o governante o foco da estratégia deve cingir-se, sim, na prevenção e na proteção, com o engajamento de todos a nível nacional.