O Executivo cabo-verdiano, liderado por Ulisses Correia e Silva, já decidiu que a partir de ontem, 22 de março, todas as pessoas que regressarem ao país vindo do estrangeiro, nacionais ou não, nos voos de repatriamento, deverão ficar em quarentena obrigatória nos hotéis designados para acolhimento. Esta informação foi avançada esta manhã pelo Diretor Nacional de Saúde, Artur Correia, quando fazia a atualização da situação atual do COVID-19, em Cabo Verde.
Segundo o DNS, neste momento a nível nacional estão cerca de 150 pessoas em seguimento, entre eles, 80 provenientes de vários países da Europa, 20 vindos do Senegal e 50 pessoas que saíram das ilhas nas últimas semanas.
Considerando que “é possível que venha aparecer mais casos suspeitos, sobretudo a nível dos hotéis, espero que não venha ser a nível da população, mas temos de estar preparados para essa eventualidade”. Neste sentido, sublinhou que estão a ser intensificados em todos os concelhos do país as ações de comunicação e sensibilização junto das comunidades.
“Cada dia que passa estamos a melhorar e a intensificar a nossa capacidade de resiliência nesta fase em que estamos, para fazer face o coronavírus”, assegurou.
Em relação à situação clínica da cidadã holandesa – uma das três pessoas infetadas neste momento -, Artur Correia explicou que “é preocupante” o seu estado de saúde, visto que a mesma chegou a Cabo Verde numa fase de recuperação pós-operatória, e com apresentação de algumas infeções: “isso se agravou com a infeção por coronavírus”.
Na Boa Vista, conforme o Diretor Nacional de Saúde, continua um intenso trabalho de seguimento, através do reforço da equipa técnica da Praia que se deslocou para a ilha na semana passada, sobretudo na identificação e acompanhamento dos funcionários dos dois hotéis.
O DNS aproveitou o momento para enaltecer igualmente, o forte engajamento da população, em relação ao cumprimento das recomendações e medidas anunciadas pelo Governo, afirmando que “isso é muito positivo” e agradeceu a população “por esta cidadania responsável”.