Perguntas Frequentes
A vacina contra Covid-19, tal como outras vacinas, serve para reforçar as defesas naturais do corpo para reconhecer e combater os microrganismos.
Sim. No desenvolvimento e aprovação das vacinas contra a COVID-19, tal como para qualquer outro medicamento, estão a ser garantidas a sua eficácia, segurança e qualidade, através de ensaios clínicos e avaliação rigorosa.
De acordo com a OMS, no caso específico das vacinas contra COVID-19 ainda não foram observados efeitos adversos significativos que coloquem em causa a sua segurança.
Cabo Verde optou por acesso as primeiras doses de vacinas através da iniciativa COVAX que envolve vários parceiros como a OMS, UNICEF e GAVI, e visa apoiar os países de rendimento baixo a terem acesso ás vacinas de forma segura equitativa e mais rapidamente, permitindo vacinar pelo menos 20% da população elegível, numa primeira fase.
Até o momento o país já recebeu dois tipos de vacinas, a saber da AstraZeneca e a vacina da Pfizer/BioNTech. Entretanto o país poderá vir a receber outras vacinas, com o apoio do Banco Mundial.
Cabo Verde pretende vacinar a maioria da população, ou seja cerca de 70% segundo o governo, o mais breve possível, de forma faseada e cumprindo as orientações técnicas internacionais, conforme a disponibilização de vacinas pelos produtores. Para esta primeira fase de vacinação foram priorizados alguns grupos de pessoas tendo em conta o risco de desenvolvimento de doença grave que pode provocar até a morte e grupos profissionais que estão na linha da frente de combate à pandemia. Assim, os grupos prioritários a serem vacinados nesta primeira fase são profissionais de saúde; doentes crónicos (hipertensos e diabéticos); população com mais de 60 anos; profissionais hoteleiros e ligados ao turismo; profissionais dos portos e aeroportos; professores e pessoal de apoio nas escolas; policia; forças armadas; e profissionais da proteção civil e bombeiros.
A vacina contra a COVID-19 permite à pessoa proteger-se a si mesma, contra a doença e as suas complicações, e contribuir para a proteção dos outros, através da imunidade de grupo, ou seja, quando a maioria da população estiver vacinada, diminui-se o risco de propagação do vírus.
Não. Em Cabo Verde, a vacina contra a COVID-19 não é obrigatória, ou seja, apenas toma a vacina quem assim o desejar. Contudo, as autoridades de saúde recomendam fortemente a vacinação contra a COVID-19 como meio para controlar a pandemia e garantir a saúde e a vida das pessoas e assim, a retoma das atividades sociais e económicas.
Se alguém recusar a vacina agora e decidir toma-la posteriormente poderá não conseguir faze-lo rapidamente. Caso a mesma vir a ser exigida para viagens poderá ser impedida de viajar por não estar vacinada. E o mais importante uma pessoa não vacinada fica vulnerável à doença.
A vacina é gratuita para todas as pessoas que forem elegíveis, conforme a política de vacinação adotada.
A vacinação contra COVID-19 será realizada nas Delegacias e Centros de Saúde, Posto Sanitários e Hospitais do país dependendo de cada grupo alvo.
A vacina será aplicada por profissionais de saúde, devidamente treinados e capacitados para o efeito.
Os estudos realizados demonstraram que uma pessoa vacinada tem menor risco de contrair a doença que uma pessoa não vacinada, em idênticas circunstâncias. A vacina protege as pessoas das formas graves de COVID-19. A mesma vai desempenhar um papel essencial na preservação de vidas humanas e na contenção da pandemia.
Sim, mesmo após ser vacinada, a pessoa deve continuar a adotar todas as medidas proteção e prevenção contra a COVID-19, como o uso obrigatório de máscara, distanciamento físico, evitar aglomerações, lavagem das mãos e limpeza das superfícies.
As vacinas dão proteção contra infeção pelo vírus SARS-CoV-2 que transmite a COVID-19.
Após a vacinação a pessoa deve continuar a cumprir com todas as medidas de prevenção contra a infeção pelo SARS-CoV-2. Se sentir alguma indisposição, deverá contactar um centro de saúde próximo da sua morada ou a linha verde 800 11 12.
Dependendo do tipo de vacina pode ser necessária uma ou duas doses.
Tal como qualquer outro medicamento, também as vacinas podem ter efeitos secundários. Alguns indivíduos vacinados contra COVID-19 nos ensaios clínicos, relataram ter sentido:
- dor no local de injeção;
- fadiga;
- dor de cabeça;
- dores musculares;
- dor nas articulações;
- febre.
Geralmente, estes efeitos desapareceram ao fim de 24 a 48 horas. Caso sentir algum sintoma após a vacinação, contacte a estrutura de saúde mais próximo ou a linha verde 800 11 12.
O uso das vacinas contra a COVID-19 atualmente disponíveis não está recomendado para as grávidas. há necessidade de se realizar mais estudos científicos para melhor decisão.
Sim. Todas as pessoas que já tiveram COVID-19 há mais de 3 meses podem ser vacinadas. Após 3 meses da data do diagnóstico positivo, a pessoa pode procurar um centro de saúde para se vacinar.
Até o momento, nenhuma vacina contra a COVID-19 foi aprovada para menores de 18 anos.
Vacina AstraZeneca
A vacina AstraZeneca é uma vacina para prevenção da COVID-19 em pessoas com idade igual ou superior a 18 anos. Trata-se de uma vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e da empresa farmacêutica britânico-sueca AstraZeneca.
A vacina Astrazeneca é administrada em duas injeções, geralmente no músculo da parte superior do braço.
A segunda dose deve ser administrada entre 4 a 12 semanas após a primeira dose. A organização do fornecimento da vacina é da responsabilidade das autoridades sanitárias nacionais do país.
Após ter sido administrada, a vacina transporta o gene do SARS-CoV-2 para o interior das células do organismo. As células vão depois utilizar o gene para produzir a proteína S (“spike”). O sistema imunitário da pessoa vacinada irá então reconhecer esta proteína como estranha e produzir anticorpos (defesas) e ativar células T (glóbulos brancos) para atacá-la.
Assim, se mais tarde, a pessoa entrar em contato com o vírus SARS-CoV-2, o seu sistema imunitário irá reconhecê-lo e estará pronto para defender o organismo.
O adenovírus administrado nesta vacina não causa doença.
A vacina da AstraZeneca já foi licenciada em mais de 70 países em seis continentes. O primeiro país a aprovar a vacina foi o Reino Unido, em 30 de dezembro de 2021 seguido da União Europeia, Índia entre outros.
Os resultados combinados de quatro ensaios clínicos que decorreram no Reino Unido, Brasil, e África do Sul demostraram que a vacina da Astrazeneca foi segura e eficaz na prevenção da COVID 19 em pessoas a partir dos 18 anos de idade.
Estes estudos envolveram no total cerca de 24 000 pessoas.
Estes resultados demonstraram, nos ensaios clínicos uma eficácia de cerca de 84% apoós a administração da 2º dose da vacina.
Não se observaram efeitos indesejáveis adicionais nas pessoas que nos ensaios clínicos receberam a esta vacina e que tiveram anteriormente COVID-19.
Não existem ainda dados suficientes dos ensaios clínicos para concluir sobre a eficácia da Vacina AstraZeneca nas pessoas que já tiveram COVID-19.
O impacto da vacinação sobre a transmissão do vírus SARS-CoV-2 na comunidade continua a ser estudada.
Até o momento não se sabe qual a duração da proteção esta vacina pode conferir. Serão necessários mais estudos para se ter esta resposta. As pessoas vacinadas nos ensaios clínicos continuarão a ser acompanhadas durante 1 ano para obter mais informações sobre a duração da proteção.
Esta vacina não é atualmente recomendada para crianças.
Os dados sobre pessoas imunocomprometidas (pessoas com o sistema imunitário enfraquecido) são limitados. Embora as pessoas imunocomprometidas possam não responder tão bem à vacina, não há preocupações de segurança específicas. Ainda assim, estas pessoas podem ser vacinadas, pois podem estar em maior risco de ter casos graves de COVID-19.
Os dados sobre a utilização desta vacina durante a gravidez são muito limitados. O uso das vacinas contra a covid-19 atualmente disponíveis não recomenda a sua utilização nas grávidas. Há necessidade de mais estudos para uma melhor decisão.
A vacina não deve ser administrada a pessoas que já sabem que têm alergia a um dos componentes listados na secção 6 do Folheto Informativo (disponível na bula da vacina).
Foram observadas reações alérgicas (hipersensibilidade) em pessoas que receberam a vacina. Como para todas as vacinas, a vacina da covid-19 deve ser administrada sob supervisão médica rigorosa, estando disponível o tratamento médico apropriado em caso de reações alérgicas. As pessoas que tenham uma reação alérgica grave após administração da primeira dose da vacina AstraZeneca não devem receber a segunda dose.
Os efeitos indesejáveis mais frequentes da Vacina AstraZeneca nos ensaios clínicos foram geralmente ligeiros ou moderados e melhoraram alguns dias após a vacinação. Os efeitos indesejáveis mais frequentes são dor e sensibilidade no local de injeção, dor de cabeça, cansaço, dores musculares, sensação geral de mau estar, calafrios, febre, dores nas articulações e náuseas. Estes afetaram mais de 1 em cada 10 pessoas.
Ocorreram vómitos e diarreia, em menos de 1 em cada 10 pessoas. Ocorreu diminuição do apetite, tonturas, transpiração, dor abdominal e erupção na pele em menos de 1 em 100 pessoas.
Ocorreram reações alérgicas em pessoas que receberam a vacina.
A maioria dos efeitos indesejáveis são de gravidade ligeira a moderada e desaparecem em poucos dias. A OMS considerou que os benefícios desta vacina são superiores aos seus riscos.
Os especialistas e cientistas continuarão a apresentar os resultados dos estudos que estão a decorrer, nomeadamente sobre a duração da proteção conferida pela vacina, sua eficácia contra novas variantes do vírus SARS-CoV-2,a questão dos imunocomprometidas, crianças e mulheres grávidas, e ainda se previne casos assintomáticos.
Como para todos os medicamentos, os dados sobre a utilização da desta vacina são monitorizados continuamente. Os efeitos indesejáveis suspeitos notificados são cuidadosamente avaliados e sendo tomadas todas as medidas necessárias para proteger as pessoas.
Um estudo da vacina da AstraZeneca contra a variante B117, registrada pela primeira vez no Reino Unido, encontrou uma eficácia semelhante à do vírus original. Os resultados do estudo mostram que a vacina é 75% eficaz contra a variante do Reino Unido.