Conforme avançou o Primeiro-ministro, o investimento será aplicado nas zonas muito atingidas pela seca, para satisfazer as exigências acrescidas de higiene individual e coletiva, no quadro da luta contra a pandemia do COVID-19. Ulisses Correia e Silva que falava durante uma reunião, esta manhã, 14, com instituições sociais para avaliar a aplicação das medidas de Proteção Social, lembrou que medidas de prevenção e de contenção têm sido tomadas desde o dia 27 de fevereiro, muito antes da declaração de pandemia de COVID – 19 pela OMS, assim como medidas de proteção ao emprego, ao rendimento, às famílias e às empresas foram tomadas atempadamente e estão em execução. “A adesão tem sido boa”.
Neste quadro, pediu um redobrar dos esforços e a atenção no domínio da proteção social, “para que os benefícios cheguem atempadamente àqueles que mais necessitam de uma forma organizada e estruturada na base dos programas de proteção do rendimento, das famílias e dos cuidados em execução”.
“Trata-se de uma área muito propensa à politização. E politização e partidarização do combate à pandemia é o que o país não precisa e, seguramente a grande maioria dos cabo-verdianos não deseja”, indicou o primeiro-ministro, para quem, é preciso, por isso, “não perder o foco, que é salvar vidas e salvar o país”.
Por isso, Ulisses Correia e Silva reconheceu “a importante” colaboração da Plataforma das ONG, da Cruz Vermelha, da FICASE e das Instituições de Micro Finanças e solicitou a continuação do “engajamento”. “Agradecer também a solidariedade das associações, das empresas e dos cidadãos no país e na diáspora”.
Por outro lado, o Primeiro-ministro disse que a dimensão psicológica relacionada com o confinamento em casa tem sido acautelada. “A linha verde tem sido um bom auxiliar. Não há registo significativo de casos de VBG durante este período de estado de emergência. Esta é, no entanto, uma dimensão que deverá continuar a merecer particular atenção. O papel e a intervenção do ICIEG e da iniciativa “menos álcool, mais vida” são importantes, particularmente nesta fase de confinamento obrigatório” reforçou.
O encontro de hoje que reuniu instituições como a Plataforma das ONG, de Microcrédito, o ICIEG, a FICASE e o INPS, com as presenças do Ministro do Estado e da Ministra da Família e Inclusão Social, serviu também para o Primeiro-ministro afirmar que o Governo é favorável ao prolongamento do estado de emergência.
“Apesar de o país ter registado poucos casos, a situação é ainda de risco. Risco de contágios e de propagação. (…). É visando em primeiro lugar a proteção da saúde das pessoas e tendo em conta as tendências da situação epidemiológica, que o Governo é favorável ao prolongamento do estado de emergência. A saída do estado de emergência após o período de prolongamento, vai ser progressiva e controlada de forma a que a retoma da atividade económica seja efetivada, ao mesmo tempo que se reduzem as medidas restritivas” sublinhou o Chefe do Executivo.