INSP assina protocolo de cooperação com o CCS/Sida no âmbito da resposta a COVID-19

A Presidente do Instituto Nacional de Saúde Pública, Maria da Luz Lima, assinou, esta quarta-feira, um protocolo de cooperação com o Secretariado Executivo do Comité de Coordenação e Combate à Sida, no âmbito do combate à pandemia da COVID-19 no país.

Este protocolo visa concretamente introduzir melhorias nos sistemas de saúde e sistemas comunitários, bem como reforçar os laboratórios de virologia, aumentando a capacidade de diagnóstico.

Para o Presidente da Instância Nacional de Coordenação e Ministro da Saúde e da Segurança Social, Arlindo do Rosário, este ato simboliza um momento de reforço de conjugação de esforços, envolvendo as diferentes partes, com foco num inimigo comum.

“Estamos a trabalhar diariamente por forma a detetar, isolar, acompanhar e tratar os casos. Nesse aspeto, todo o trabalho vem sendo feito a nível laboratorial, amplificando a nossa capacidade de resposta, quer aqui em Santiago, quer nas outras ilhas, com possibilidade ainda de aumentarmos mais a nossa capacidade, creio que é uma resposta muito bem conseguida, com impacto inclusivamente na diminuição do tempo de espera”, sublinhou.

Por outro lado, acrescentou que esta iniciativa demonstra a preocupação e o envolvimento da sociedade civil com os grupos mais vulneráveis, e que esta parceria inclui também aspetos importantes, envolvendo pessoas que vivem com o VIH/Sida ou em situações ligadas à violência, bem como o acompanhamento psicológico das mesmas.

A Secretária Executiva do Comité de Coordenação e Combate à Sida, Maria Celina Ferreira afirmou, na sua intervenção, que os protocolos assinados regem por procedimentos claros que requer firmeza no desafio do combate à COVID-19 em Cabo Verde.

Na qualidade de recipiente principal do Fundo Global e do recipiente secundário excecionais para o mecanismo de resposta à COVID-19 em Cabo Verde, o Secretariado Executivo do Comité de Coordenação e Combate à Sida assinou também outros protocolos, designadamente, com a Direção Nacional da Saúde, a Universidade de Cabo Verde, a Plataforma das Organizações Não Governamentais, a Associação Abraço e a Associação Cabo-verdiana Contra Violência Baseada no Género, além do Instituto Nacional de Saúde Pública.

De acordo com Maria Celina Ferreira todos esses protocolos estão enquadrados no mesmo âmbito do combate à pandemia da COVID-19, no país, e o objetivo é desenvolver as seguintes intervenções, até dezembro de 2020: sensibilizar e informar cerca de 250 pessoas que vivem com o VIH ou tuberculose, na Região do Barlavento, sobre a prevenção da COVD-19; facultar ações de prevenção sobre a COVID-19, VIH/Sida e tuberculose a 315 adolescentes e jovens universitários, com efeito multiplicador; sensibilizar e informar 300 pessoas sobre a prevenção da COVID-19, no contexto da violência baseada no género; reforçar o laboratório de virologia; aumentar a capacidade de diagnóstico para romper a cadeia de transmissão; realizar 5000 testes e aumentar a comunicação efetiva sobre a gestão da COVID-19; treinar 100 pessoas na perspetiva de apoio psicossocial; proporcionar apoio psicossocial a 1200 doentes com COVID-19 e seus respetivos familiares, sobretudo, nos espaços de isolamento e; treinar 400 lideres comunitários na prevenção da COVID-19, numa perspetiva de proximidade.

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