O Primeiro-Ministro deslocou-se na manhã de hoje, acompanhado do Ministro da Saúde e Segurança Social, Arlindo do Rosário, aos laboratórios da Inpharma e à Emprofac, para constatar, no terreno, a produção local que se está a fazer a nível do país. Ulisses Correia e Silva afirmou ter atestado que “há gel desinfetante em quantidade suficiente e necessária para abastecer o mercado, durante este período de muita procura”, assim como, reconheceu stock suficiente de medicamento e equipamentos de proteção individual para fazer face à situação atual.
“É de reconhecer e ressaltar esta vertente de produção interna, desde do produto em si, à sua embalagem e rótulo, envolvendo outras indústrias”, acrescentou o primeiro-ministro referindo-se à produção do álcool gel, notando que o país está bem “abastecido e preparado para as contingências”.
Entretanto, Ulisses Correia e Silva sublinhou “que há que ter controlo e de todas as variáveis. Estamos perante uma crise em que as variáveis se alteram de um momento para outro, como tem acontecido nos vários países do mundo, daí que temos que estar em condições de também adaptar-nos, permanentemente, e poder dar respostas, assegurando que não falte nem medicamentos, nem equipamentos e os essenciais daquilo que são os consumíveis neste período”.
Em relação à Declaração de Estado de emergência pelo Presidente da República, o Primeiro-Ministro reagiu à comunicação Social, afirmando que agora cabe ao Executivo implementar as medidas já anunciadas.
“É o que temos estado a fazer, só que agora com um nível de graduação maior, permitindo, por exemplo, que todos os serviços e as empresas privadas possam encerrar e a obrigatoriedade de ficar em casa. Aproveito a oportunidade para apelar, mais uma vez, às pessoas a ficarem em casa, que é o melhor combate que nós podemos dar ao COVID19”, disse, indicando que é “importante a consciência social e individual, em que cada um, possa assegurar um bom comportamento num momento em que a saúde de todos está em causa. Todo o nosso trabalho vai no sentido de conseguirmos, reduzir os casos de contágio interno”.
Já reagindo à situação das pessoas em quarentena, particularmente na ilha da Boa Vista, o Primeiro-Ministro declarou que não se vai “neste momento, fazer qualquer repatriamento em nenhuma das ilhas. Pedimos compreensão à população, uma vez que esta medida é para a saúde das próprias pessoas, das suas famílias e das comunidades”. Aproveitou para endereçar uma palavra de apreço às pessoas nos hotéis, na qual reconheceu a situação difícil em que se encontram “ainda mais quando se está longe das suas famílias, mas necessário e um imperativo neste momento, para o bem maior que é a saúde de todos”, notou, garantindo, por outro lado, que serão realizados os testes, conforme recomendações médicas.
“É importante dizer que as recomendações não são políticas, têm sempre suporte dos profissionais de saúde. Devemos cumprir e respeitar as instruções dos serviços sanitários”, frisou.