87% dos Cabo-verdianos admitiram que o país pode vencer a luta contra a COVID-19 segundo o estudo CAP apresentado pelo INSP

Segundo os resultados do estudo sobre Conhecimentos Atitudes e Práticas (CAP) sobre a covid19 em Cabo Verde, realizado em Abril deste ano pelo Instituto Nacional de Saúde Pública, “a maioria dos participantes (76,15%) demonstrou confiança que o novo coronavírus (SARS CoV-2) será finalmente controlado e 87,48% admitiram que Cabo Verde pode vencer a luta contra a COVID-19.

Outros dados apontaram também que a maioria dos inquiridos demonstrou comportamentos assertivos em relação a COVID-19, isto é, 98,70% dos participantes declararam ter permanecido em casa nos últimos dias; 96,49% não frequentaram festas, funerais, ou locais lotados e 93,19% confirmaram mudanças de rotinas diárias devido à COVID-19;

A maioria (90,26%) dos sujeitos prefere receber informação sobre COVID-19 em português; os profissionais de saúde parecem ser as pessoas mais indicadas para transmitir informação sobre a COVID-19, visto ser neles que a população mais confia (90,98%); a televisão (82,56%), a rádio (20,35%) e os jornais (16,73%) continuam a ser os meios mais preferidos ou confiáveis pela população para receber informação sobre COVID-19.

Estes resultados foram apresentados nesta manhã de sexta-feira, na cidade da Praia. O estudo de abrangência nacional, cujo objectivo foi de avaliar os conhecimentos, atitudes e práticas de prevenção e controlo da COVID-19 na população residente, para subsidiar as estratégias de comunicação de risco e envolvimento comunitário foi realizado em abril de 2020, durante a vigência do primeiro Estado de Emergência e considerou uma amostra de 1996 indivíduos.

Segundo a Presidente do Instituto Nacional de Saúde Pública, pretende-se, com este estudo, melhorar a comunicação, reforçar ainda mais a informação e chegar mais perto da população.

“Este é o primeiro Estudo CAP (Conhecimento, Atitudes e Práticas) que foi feito em condições muito específicas, no mês de abril, num momento em que país estava em estado de emergência e, por conseguinte, teve de ser feito online. Foi um estudo realizado a nível nacional e o objetivo é, sobretudo, obter um instrumento que nos oriente para melhorar a estratégia de comunicação de risco e envolvimento comunitário”, salientou.

Maria da Luz Lima, congratulou-se com os resultados obtidos pelo estudo e admitiu que estes dão um certo conforto, uma vez que demonstra que a população tem um nível de conhecimento elevado sobre a covid19.

Conforme as declarações feitas pela Presidente do Instituto Nacional de Saúde Pública, está-se a prever, neste período de desconfinamento e retoma gradual das atividades, a realização de um segundo estudo no mesmo âmbito, que poderá ser comparativo com os resultados obtidos nesse primeiro CAP.

“Planificamos fazer, agora, que não estamos em estado de emergência, um segundo estudo CAP mais abrangente, nas zonas mais remotas, junto das populações que eventualmente não terão respondido aos questionários online, porque não têm acesso à internet”.

Para o Diretor Nacional da Saúde, Artur Correia, este estudo é uma componente fundamental na medida em que vai ajudar na orientação da comunicação a nível comunitário.

“A comunicação de risco é fundamental nesse processo de prevenção e controlo. A responsabilidade, o engajamento e o empoderamento da população é uma componente importante porque o enfrentamento de qualquer dilema de saúde pública não depende só do Ministério da Saúde e nem das medidas que este pode tomar para fazer o diagnóstico, tratamento, isolamento e seguimento dos doentes. É necessário que saibamos quais os conhecimento, atitudes e práticas da população, para fazermos face a esta grande pandemia e corrigir as nossas medidas e mensagens”, sublinhou.

De referir que, além da Presidente do Instituto Nacional de Saúde Pública e do Diretor Nacional da Saúde, também estiveram presentes na apresentação dos resultados do estudo, o Representante da OMS em Cabo Verde, Hernando Agudelo, o Representante da UNICEF, UNFPA e PNUD em Cabo Verde Upia kumah e o Presidente da Comissão Nacional da Protecção de Dados, Faustino Varela.

Apresentação power point

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