(…) “tendo em conta a realidade actual decidi que a referida prorrogação terá uma duração globalmente menor e uma diferenciação entre as ilhas com casos diagnosticados e as que não registaram qualquer caso até o presente.
Assim, nas ilhas da Boavista, Santiago e São Vicente o Estado de Emergência vigorará das zero horas do dia 18 de Abril até as 24 horas do dia 2 de Maio e, nas ilhas de Santo Antão, S. Nicolau, Sal, Maio, Fogo e Brava a duração será de apenas de 9 dias, com início às zero horas do dia 18 de Abril até as 24 horas do dia 26 de Abril.”
Este é um pequeno extracto da declaração do Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, sobre o Prorrogação do Estado de Emergência no país, em declaração a nação na tarde desta quinta-feira, 16 de abril.
O Presidente da República disse que a redução global da duração do estado de emergência bem com a diferenciação entre as ilhas com ou sem casos de covid19 diagnosticados é o reconhecimento da existência de situações diferentes que, contudo, deverão continuar a ser enfrentadas com todo o rigor, uma vez que, os riscos da epidemia continuam muito elevados.
Afirmou que está perfeitamente consciente das consequências “gravosas” que a continuação por mais 15 dias do estado de emergência tem sobre as actividades económicas no país e sobre o rendimento das famílias, mas considerou que essas consequências serão bem mais piores se descurarmos do recurso mais importante do país que são as pessoas.
“É este recurso que queremos e temos que preservar para que possamos recuperar desta pandemia.”
Considerou ainda no seu discurso, que se cumprirmos os planos traçados para prevenir a propagação da doença e evitar que outras ilhas sejam afectadas, todas as empresas voltarão a funcionar e com pessoas saudáveis e motivadas a trabalharem.
“apenas salvaremos a economia se salvarmos vidas” reforçou.
Para o Chefe de Estado Cabo-verdiano esta paralisação não deve ser considerada como um tempo perdido, mas sim, como um tempo para se evitar consequências de maiores e que tudo venha a paralisar-se por falta de pessoas saudáveis para trabalhar.
O Presidente da República Jorge Carlos Fonseca apelou firmemente, para que se mantenha e reforce a determinação em cumprir todas as orientações das autoridades sanitárias no que se refere a normas individuais e colectivas de higiene e distanciamento social, reconhecendo que com estas atitudes poderemos vencer COVID19.
Também exortou as autoridades a prosseguirem e a reforçarem as medidas de proteção aos trabalhadores incluindo os rurais, às empresas, e especialmente aos seguimentos mais vulneráveis da população com destaque para os idosos e os reclusos.
Por fim endereçou palavras de esperança e confiança nos trabalhadores e nas famílias Cabo-verdianas que nas ilhas e nas comunidades emigradas, segundo disse, são autênticos “baluartes” de Cabo Verde.
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